É bastante frequente que mães portadoras de doenças graves ou contagiosas descartem totalmente a amamentação por acreditar que podem passar a enfermidade para o bebê por meio do leite.
Em grande parte dos casos, isso não é verdade. Contar com a orientação de um médico de sua confiança é fundamental para evitar que o bebê seja privado de um alimento tão importante como o leite materno desnecessariamente. Entenda melhor!
No Brasil, de acordo com a recomendação feita pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), somente as mães portadoras de HIV, o vírus da imunodeficiência humana, e HTLV, o vírus T-linfotrópico humano, não devem amamentar seus bebês.
Outras doenças infecciosas ou potencialmente contagiosas não chegam a impedir a amamentação, mas exigem cuidados ou procedimentos específicos para garantir que os benefícios da amamentação não sejam superados por qualquer risco à saúde da criança. Saiba mais!
A doença infecciosa é altamente contagiosa e embora não esteja presente no leite materno é facilmente transmitida por gotículas da respiração, por meio do espirro ou tosse.
Por isso, ao amamentar nas primeiras duas semanas do tratamento, é preciso que a mãe utilize uma máscara para evitar que a criança contraia a doença. Passado esse prazo, é possível realizar a amamentação sem ou uso do acessório sem qualquer problema.
Tal como também pode acontecer durante o tratamento da tuberculose, a mãe pode realizar a retirada do leite de maneira crua, sem qualquer processo de pasteurização, e alimentar o recém-nascido de maneira exclusiva.
Nesse caso, o ideal é realizar a ordenha até 8 vezes por dia. Assim, é possível garantir o fluxo constante de leite e evitar que ele seque quando você estiver finalmente curada.
Mesmo no caso dessas doenças, em que o vírus é capaz de se instalar no leite materno, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a manutenção da amamentação.
Isso porque a presença de partículas de vírus não quer dizer que haverá a transmissão da doença para o bebê, já que elas perdem seu potencial infeccioso ao serem digeridas.
Ainda que o vírus da hepatite A possa estar presente no leite materno em mulheres que passam pela fase aguda da doença, todo bebê de mães nessas condições recebe profilaxia com imunoglobulina para minimizar as chances de infecção.
Por isso, a amamentação em portadoras da doença não precisa ser descartada. No caso das hepatites B e C, que são transmitidas pelo contato com sangue e secreções genitais, a amamentação também pode ser realizada, mas é importante que você previna-se para evitar fissuras no seio que possam sangrar e possibilitar o contato do bebê.
Como você pode ver, mesmo doenças infecciosas ou altamente contagiosas não são impedimentos para o aleitamento materno. No entanto, é importante conversar com um médico de sua confiança para que ele possa orientá-la adequadamente e ajudá-la a encontrar a opção mais adequada e segura para o seu bebê!
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